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E… acção! Antes da chegada dos blockbusters que caracterizam o Natal, mergulhámos na abordagem de engagement tomada pelos estúdios e plataformas de streaming no que toca à comunicação exterior.
 


A indústria do entretenimento continua a evoluir. No seguimento da ascenção da Netflix e da Amazon Prime Video, a Disney e a Apple apostaram também numa comunicação over-the-top. Contudo, isto não demoveu a vontade do consumidor em ir ao cinema - as receitas globais deverão subir cerca de 15% em 2019 e espera-se um crescimento de 10.5% nos próximos anos (expectativas que terão de ser revistas numa conjuntura pós-Covid).

Claramente, há um desejo de consumo de blockbusters, mas a competitividade é grande entre estúdios e torna-se difícil gozar de destaque - promover bem um filme ou uma série televisiva exige quase tanta criatividade quanto a que é necessária para a realização da obra. é por causa disto que tantos anunciantes do mercado se viram para o Out of Home (OOH), já que este meio proporciona altas coberturas numa pequena escala de tempo, num negócio em que a janela de comunicação é tendencialmente curta.
 

O entretenimento no Out of Home
O entretenimento no Out of Home

 “Are you not entertained?”: inovar para marcar uma posição na estreia


O OOH interage com a audiência quando esta está activa (ao contrário, por exemplo, de televisão), o que o torna apetecível para activações de marca que captem a imaginação de quem o vê, criando buzz online e, até, convencer consumidores a irem ver a criatividade. A Universal Pictures fez isso mesmo ao promover o franchise Jurassic World em 2015 e 2018. No lançamento do primeiro filme, a Universal invadiu a Estação de Waterloo – o que incluiu uma zona imersiva, a utilização de media digital e estática, e até Velociraptors em tamanho real. Seguiu-se um evento que fez um T-Rex com 11 metros de dimensão descer o rio Thames até desembarcar na Estação de King’s Cross.

Outras acções da mesma índole foram tomadas em Roma, Shanghai e Santiago. Esta comunicação global permitiu uma sólida divulgação do filme Jurassic World: Fallen Kingdom, que acabou por gerar uma receita de 1.3 biliões de dólares em todo o mundo, tornando-se o 14º filme que mais facturou na história do cinema.
 


“I’m going to make him an offer he can’t refuse”: Os geeks dos shoppings e do cinema


Com o Natal mesmo à porta, os shoppings enchem-se de gente. Para os estúdios e os distribuidores, o OOH representa uma fantástica oportunidade para atingir os geeks que não perdem uma oportunidade para se meterem numa sala de cinema, especialmente sabendo que 94% da faixa etária entre os 18 e os 34 anos de idade frequenta a área da restauração quando visita um centro comercial.

Isto é especialmente verdade na geração Z, que apesar de crescer num mundo digital, não dispensa a visita a lojas físicas, acreditando mesmo que a presença em loja é uma experiência mais satisfatória do que a compra online.
 

 

“I’ll be back”: contruir a marca a pensar no longo-prazo


Enquanto os estúdios procuram receitas imediatas em box office, há igualmente um interesse crescente na venda de DVD/Blu-ray e de licenças para televisão, onde as margens são mais altas. Como tal, é importante fazer de um filme uma marca. O mesmo se aplica às plataformas de streaming. Muitos serviços de subscrição a fama e as capacidades de brand building do Out of Home, cruciais para um crescimento sustentado e a longo-prazo. O seu investimento neste meio é reflexo disso – a Netflix chegou mesmo a investir forte numa empresa de billboards.
 

Publicado em Creative Solutions