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APAN afirma que nova lei poderá estar na origem de uma "enorme confusão"
A Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) revelou à Meios & Publicidade as suas reservas quanto à nova lei que visa regular o mercado da publicidade. Abordando as penalizações que cada meio terá de enfrentar já a partir do próximo mês de Outubro, Manuela Botelho, secretária-geral da APAN, não deixou de expor as suas reticências às medidas.

Relembramos que os produtos visados são aqueles com elevado valor energético, teor de sal, açúcar ou ácidos gordos - todos eles terão novas disposições legais quando expostos a crianças com menos de 16 anos. Segundo a APAN, e no caso da televisão, corre-se o risco de terminarmos vários programas destinados a crianças menores de 16 anos, pois a sua sustentabilidade depende da própria publicidade. Acerca da proibição de divulgação de anúncios nos 30 minutos anteriores ou posteriores dos programas de rádio e TV que tenham, no mínimo, 25 por cento da audiência menor de 16 anos, diz Manuela Botelho: "os canais e programas maioritariamente dedicados a crianças deixam de ter o apoio da publicidade para sobreviver", completando ainda com a garantia de que é impossível saber que programas são estes.

Mas não é só a televisão ou a rádio que podem sair prejudicadas. Da mesma forma, o cinema (mais concretamente nos filmes classificados para menores de 16 anos), a internet, ou o exterior (que vê interdita a possibilidade de ter cartazes a este tipo de produtos a menos de 100 metros de parques infantis, estabelecimentos do pré-escolar, do básico e do secundário) poderão sofrer com o novo quadro legal.

Conclui Manuela Botelho: "Tudo isto significa uma alteração completa no planeamento de meios, com a agravante de não ser claro o que se pode fazer daqui para a frente".

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