Quando Jean-Claude Decaux o abrigo de autocarros, em 1964, viu uma oportunidade baseada na melhoria do ambiente urbano tão interessante que nenhum presidente de câmara ousaria renunciar. A construção e a manutenção do abrigo tinham, obviamente, custos associados, e a proposta que fez foi ter uma autorização pública para exposição de publicidade nos sítios onde os abrigos eram instalados. O novo modelo de negócio espalhou-se por todo o mundo, em mais de 60 países diferentes.
Com a expansão da JCDecaux a nível global, os objectivos da empresa ultrapassaram a ideia de criar apenas espaços urbanos mais funcionais: a melhoria das condições dos cidadãos começou a ser uma prioridade. Uma meta que tem sido implementada em quatro áreas distintas, transformando o OOH numa força do bem.
Publicidade amiga do ambiente
Práticas eco-friendly são integradas em todas as operações e processos da JCDecaux. A empresa é a primeira empresa de meios a juntar-se à RE 100, uma iniciativa que reúne os negócios mundiais mais comprometidos com o uso de energias 100% renováveis. O objectivo será conseguido em 2022 – neste momento, a marca é de 69%.
Gestão de desperdício, reciclagem, diminuição do consumo energético: tudo é levado a cabo com tecnologia inovadora amiga do ambiente – e os esforços têm sido reconhecidos internacionalmente.
Serviços em constante evolução, em cidades em constante evolução
Abrigos com carregadores de telemóveis, equipados com desfibrilhadores, rede wifi ou telefone, os equipamentos têm percorrido um longo e interessante caminho.
A tecnologia digital, com a sua internet das coisas, pôs o ambiente urbano do avesso: a incorporação do online no quotidiano citadino é a semente daquilo a que passámos a chamar de Smart Cities. E numa Smart City, os seus smart citizens esperam serviços públicos interactivos que lhes melhorem a qualidade de vida – fornecendo hot spots, conteúdo em tempo real, e informação útil e funcional que os ajude no dia a dia.
A sinergia entre o telemóvel e o OOH torna este último muito atractivo para os anunciantes.
A JCDecaux tem também investido na Cyclocity – o primeiro esquema de partilha de bicicletas criado em 2003, com mais de 31000 bicicletas disponibilizadas em 57 cidades. Fáceis e baratas de usar, representa uma verdadeira alternativa ao carro ou ao transporte público.
Uma mensagem amplificada para a sociedade
Quando falamos de assuntos de relevância global, a presença extensiva da JCDecaux em todo o mundo facilita o crucial apoio a instituições de solidariedade.
A campanha Theirworld, promovida pelas Nações Unidas, que visa recolher atenão para o problema da crise da educação, decorreu em Setembro e Outubro de 2019. É um exemplo perfeito de como a JCDecaux pode funcionar como um meio filantropo. A campanha decorreu em cinco países europeus, e mostrava estatísticas chocantes aquando da crise.
O OOH funcionou como plataforma de divulgação, permitindo que a mensagem se espalhasse e, assim, dando voz a quem não a tem. Cerca de 11 milhões de interacções foram registadas nesta comunicação transversal a vários meios, onde a publicidade exterior foi conjugada com outros canais.
A arte ao acesso de todos
No que respeita à arte, a cidade é a tela perfeita para despertar a mente dos cidadãos quando menos se espera, enquanto deambulam nas suas rotinas diárias.
Enquanto as exposições privadas são de acesso restrito, eventos públicos transformam o OOH numa galeria de arte de porta aberta a todos.
A recente colaboração da JCDecaux com a Public Art Fund nos Estados Unidos da América abriu caminho a uma exposição de grande escala da artista Ella Perez. A sua obra fotográfica foi exposta em vários abrigos de Nova Iorque e celebra a comunidade latina residente no Bronx.
Quando nos encontramos numa paragem de autocarro, é-nos dada a oportunidade de experienciarmos a cidade de outra forma, vê-la sem pressas, dando um passo atrás no frenesim metropolitanoKaterina Stathopoulou Curador da Exposição
“Quando nos encontramos numa paragem de autocarro, é-nos dada a oportunidade de experienciarmos a cidade de outra forma, vê-la sem pressas, dando um passo atrás no frenesim metropolitano”
Ao usar precisamente o espaço onde a arte foi criada, a exposição tem o poder de despertar o pensamento – a cidade passa a reflectir sobre si mesma, ao mesmo tempo que une a comunidade numa partilhada apreciação da diversidade.
O design, no OOH, não é um detalhe: não só o equipamento deve encaixar no ambiente onde se insere, como pode até tornar-se um objecto icónico da cidade – comom acontece com as colunas Morris em Paris.
O The Kensington é um recente exemplo do engenho da JCDecaux em transformar billboards em esculturas artísticas, melhorando a paisagem metropolitana na mesma medida em que oferece aos anunciantes um espaço inovador e único para posicionar a sua marca. Desenhado por Zaha Hadid Design, o The Kensington funde arte com tecnologia digital – foi galardoado com o prémio Best Original Digital Billboard em 2018, na Daily DOOH Gala Award.
Tem sido uma colaboração única com a JCDecaux com o intuito de desenvolver novas possibilidades de plataformas de media, reimaginando os billboards como arte públicaMelodie Leung Senior Associate na Zaha Hadid Design
Os benefícios do OOH vão bem além da publicidade e dos anunciantes. A força que soluções inteligentes, sustentáveis e ecológicas é prova disso. Ao mesmo tempo, é um veículo ímpar na divulgação de mensagens desafiantes e solidárias – pela forma como o faz, e pela cobertura que consegue atingir.